Os ex-funcionários da Axcel Books entraram pelo cano de várias formas. Um dos principais problemas de se trabalhar na Axcel era que a editora descontava todos os impostos nos salários mas, aparentemente, não os repassava ao órgão apropriado (Receita Federal, INSS etc.). Funcionários com 15 anos de casa descobriram, depois que “a casa caiu”, que a Axcel nunca depositou um centavo em suas contas do FGTS. Mais um exemplo do nível (ou melhor, falta) de ética da Axcel Books.
O pior é que isso aconteceu comigo também, em relação ao imposto de renda. Teve um ano que eles me descontaram um valor e pagaram à Receita Federal outro valor, e acabei caindo na famigerada malha fina, levando dois anos para a Receita finalmente “corrigir” o problema e liberar minha restituição daquele ano. No meu caso específico, até acho que não foi má-fé, foi pura falta de organização mesmo, já que a contabilidade da empresa era feita “nas coxas”.
Outro dos problemas enfrentados pelos ex-funcionários eram os constantes “ataques” configurando assédio moral dentro de seu ambiente de trabalho. Alguns passaram por isso durante anos e se viam reféns desse problema, já que simplesmente pedir demissão seria abrir mão de direitos (que até então não se sabia que não estavam quitados junto aos órgãos competentes) e uma briga judicial seria financeiramente dispendiosa e arrastada.